quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Manhã

Entra na cozinha inda pouco iluminada. Sol demite escuridão. Espreguiça-se.

Ritual: vasilha de aço inox recebe água até um terço. Choque água-metal rasga ouvidos, então zunido dos acendedores do fogão derruba silêncio dos dias.

Faca desliza em pão integral. Separa fatia, que recebe mel, formando geográficos estranhos. Faz companhia à xícara de chá de hibisco, que exala cheiros novos. Dupla decora cenário com vermelho intenso e marrom confuso.

Come prazeres que o seguram vivo. Toma consciência: afazeres, memórias, emoções, amores. Adeus à noite. Dia existe.

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